Ação envolveu um total de 21 alunos do 9º ano da Escola Municipal Napoleão Rodrigues Laureano; artigos foram publicados em veículo ligado à USP e Universidade do Porto, em Portugal
Três artigos produzidos por alunos da Rede Municipal de Ensino de Guarujá foram publicados na revista científica International Studieson Law and Education (ISLE). A iniciativa envolveu um total de 21 alunos do 9º ano da Escola Municipal Napoleão Rodrigues Laureano (Jardim Maravilha), divididos em três grupos resultando nos três artigos.
Os textos foram publicados na COEPTA III-IV, uma série especial da ISLE, cuja revista é da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade do Porto, em Portugal.
Foi a primeira vez que alunos da rede municipal tiveram artigos publicados pela Revista, que é voltada aos alunos do Ensino Médio. Os textos tratam de temas atuais, que estão em discussão na sociedade, como depressão entre adolescentes, suicídio na adolescência e indisciplina escolar.
A atividade seguiu as normas acadêmicas, com realização de grande pesquisa para embasar cada artigo. Os temas foram escolhidos pelos alunos, assim como a metodologia da pesquisa-ação, caracterizados pela colaboração entre especialistas no desenvolvimento da pesquisa.
A iniciativa partiu do professor da EM Napoleão, José Cláudio Diniz Couto, doutor na área de Educação e que há 30 anos atua na Rede Municipal de Ensino de Guarujá.
“Durante os procedimentos, os alunos tiveram oportunidade de vivenciar a execução completa de várias fases de uma pesquisa acadêmica como escolha de temas, metodologias, estratégias e relatos de experiências”, explica o professor. O objetivo é que a ação se repita, consolidando a pesquisa acadêmica aos alunos do Ensino Fundamental da unidade.
O educador também colabora com outras publicações das universidades. A ideia teve o apoio da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Sedel) e contou com o empenho da direção e coordenação da escola, que garantiram que o trabalho fosse bem sucedido.
A aluna Luiza Liz de Almeida Tavares, 15 anos,conta que o trabalho começou como uma atividade normal do bimestre e acabou revelando o seu próprio potencial. “Não acreditava que a publicação era possível”, disse a jovem acrescentando que o grupo escolheu a depressão entre adolescentes porque ainda é um tabu falar sobre o tema.
“Nem todo mundo pesquisa sobre isso, mas quando lerem o artigo eles vão acabar se informando mais sobre o tema”, conta Luiza, que cogita seguir a área acadêmica após a atividade. “Foi o trabalho que mais gostei de fazer na minha vida escolar”.